Sorvendo a brisa lânguida que me oscula a pele, fito o horizonte, aquela linha prepotente que teima em decidir até onde posso vislumbrar, mas nego-me a ser domada controlada no meu olhar ou na minha imaginação, sei que não é porque não vejo que não existe algo mais, aliás, mesmo dentro do limite do meu horizonte tanto há que coabitando no meu espaço continuo Como cega sem ver o essencial o verdadeiro caminho que me foi traçado á nascença.
Entrei no comboio da vida sem bilhete, sem pedir, sem escolher e travo esta etapa sem sequer conhecer a paragem em que vou sair, trem que corre a alta velocidade fico a olhar pela janela e vejo que tudo passa, as pessoas, os caminhos, as estradas, passa o tempo ou será que tudo se mantém estático e sou eu que passo pelo tempo, sou eu que tenho o poder de mudar, alterar situações , no meu livre arbítrio continuo presa no comboio como presa se encontra a minha alma nas grilhetas na cela sem grades que construí com as minhas vontades com as escolhas egoicas em prol da elevação da alma.
Afinal sou só um ser imperfeito, procurando desvendar os porquês mas sem força suficiente para domar as feras que me correm .
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